Apple junta-se a outras empresas e eleva preços no Japão
A Apple elevou os preços dos iPads e iPods no Japão, nesta sexta-feira, tornando-se uma das mais recentes marcas, e de maior perfil, a entrar para uma lista crescente de empresas estrangeiras pedindo aos consumidores japoneses para pagarem mais, conforme o iene mais fraco pressiona a receita.
O iene caiu mais de 20% em relação ao dólar norte-americano desde meados de novembro, quando o então líder da oposição Shinzo Abe realizou uma radical flexibilização monetária para reverter anos de queda nos preços ao consumidor, como parte de uma política de combate a deflação, apelidada de “Abenomics”.
O Banco do Japão, com um presidente apoiado por Abe, prometeu em abril injetar US$ 1,4 trilhão na economia em menos de dois anos, para atingir dois por cento de inflação em cerca de dois anos.
A Apple, uma das empresas estrangeiras mais visíveis no Japão, elevou o preço de iPads em até 13 mil ienes (US$ 130) em suas lojas locais. O iPad de 64 gigabyte agora vai custar 69.800 ienes, ante 58.800 ienes um dia atrás, afirmou um funcionário da loja da Apple. O modelo de 128 GB vai custar 79.800 ienes, em comparação a 66.800 ienes anteriormente.
A Apple também aumentou os preços de seu tocador de música iPod em até 6 mil ienes e de seus iPads Mini em 8 mil ienes.
Aumento dos preços são raros no Japão, que sofreu 15 anos de deflação de baixo nível. Algumas outras marcas estrangeiras também elevaram os preços de produtos, oferecendo um sinal precoce de inflação para Abe, e uma indicação de que essas empresas sentem que a demanda do consumidor é forte o suficiente para suportar os aumentos.