Diretoria aprova e HP vai se dividir em duas empresas

Uma das principais medidas de reestruturação para a HP finalmente está em andamento. Nesta quinta-feira (01), a companhia anunciou a aprovação de sua divisão em duas, separando definitivamente os negócios de computadores e impressoras, pelo qual ela é amplamente reconhecida, do de hardware e serviços empresariais, que vem se tornando uma prática cada vez mais comum e rentável para a companhia.

Tudo começa com uma alteração sutil, porém significativa, na nomenclatura. O primeiro segmento passa a atender pelo nome de HP Inc, de forma a conservar a marca e o logo a que todos estão acostumados. Já o segundo nicho passa a se chamar Hewlett Packard Enterprise Co., deixando já no título sua intenção de lidar com o ambiente corporativo e de agir em parceria com as empresas clientes.

A mudança foi anunciada em outubro do ano passado em face dos problemas financeiros da companhia, que via o mercado de PCs e impressoras diminuindo cada vez mais, na mesma medida em que encontrava dificuldades para expandir seus negócios para outros segmentos. A divisão, teoricamente, cria duas empresas menores, mas mais competitivas, pelo menos na visão dos acionistas, o que deve facilitar a gestão sem a necessidade de se lidar, simultaneamente, com negócios tão distintos.

Todo o processo, segundo a HP, deve ser concluído já em 1º de novembro. No dia seguinte, a Hewlett Packard Enterprise passa a operar na Bolsa de Valores de Nova York com o nome HPE, enquanto a HP Inc permanece com a nomenclatura já existente hoje, HPQ. Os acionistas da empresa atual receberão o mesmo número de cotas na nova empresa que já possuem na antiga companhia.

Apesar da mudança significativa, o mercado de ações não reagiu ao anúncio.  Nas primeiras horas do pregão desta quinta, a HP opera com uma ligeira queda de 0,74%. O movimento para baixo já acumula 27% de perda de valor desde outubro do ano passado, quando a companhia anunciou sua divisão justamente como uma forma de conter a descida e acalmar os ânimos dos investidores.

Fonte: Reuters