Preço é fator predominante no e-commerce, dizem lojistas
O preço foi considerado o fator predominante no comércio eletrônico brasileiro, de acordo com uma pesquisa feita com varejistas pelo portal E-Commerce Brasil. De acordo com os dados, 40,4% dos entrevistados deram nota máxima em importância para o valor dos produtos vendidos em uma loja durante o processo de compra dos clientes.
Outros 29,6% atribuíram nota 4, de um total de 5, a esse aspecto, levando o total de varejistas que acreditam na importância do valor dos produtos a mais de 70%. Por outro lado, 25,8% dos consultados pelo portal classificaram o impacto do preço de seus produtos em seus resultados de vendas como médios, apostando em outros fatores associados como os responsáveis pela decisão de sim ou não na hora de realizar uma compra.
Essa noção pode ser facilmente explicada. Por mais que a pesquisa não entre nesse aspecto, basta ver a profusão de comparadores de preço e de produtos semelhantes em diferentes lojas para entender porque, sempre, o consumidor vai escolher o mais barato. A confiança em um varejista, é claro, conta bastante, assim como a predominância dos grandes sobre os pequenos, mas na comparação entre lojas em que o consumidor acredita, é bastante provável que ele compre sempre da mais barata.
É justamente por isso que esse acaba sendo o principal foco dos empresários. Em uma segunda pergunta, 60% dos entrevistados pela pesquisa afirmaram que não abririam mão de terem sempre o preço mais baixo, pois acreditam que esse é o fator que impacta em seus negócios de forma mais direta. Logo abaixo, praticamente empatados, aparecem as opções diversas de pagamento, a integração com outras plataformas e a criação de funcionalidades.
A pesquisa também trouxe um alerta para as grandes varejistas, principalmente aquelas que trabalham com sistema de marketplace, o que permitiu a muitas empresas menores atingirem grandes parcelas de público. Estes, entretanto, se mostram bastante preocupados com o modelo de cobrança, com 43,7% deles preferindo um sistema em que se pague uma porcentagem das vendas realizadas, até um determinado limite.
Já 23% selecionaram a mesma opção, mas sem um teto máximo. Aqui, também é fácil explicar o resultado – o pagamento de comissões só é feito quando as vendas são efetivamente realizadas, ou seja, não gera prejuízos ao lojista caso ele não realize nenhuma transação com os clientes. Já a possibilidade de fixar um limite para esse pagamento é vista com bons olhos, principalmente, por aqueles que têm um alto volume de comercialização.
A pesquisa da E-Commerce Brasil consultou espontaneamente 213 varejistas de todo o Brasil, que fazem parte da base de inscritos do portal. Os resultados foram divulgados na última terça-feira (24).