Xerox é adquirida pela Fujifilm e passa a se chamar Fuji Xerox
Em um esforço para sobreviver à queda nas vendas de impressoras e copiadoras, a norte-americana Xerox aceitou repassar o seu controle para a japonesa Fujifilm. Estimado em US$ 6,1 bilhões, o negócio foi aprovado pelos acionistas das duas companhias.
Para ser exato, a Xerox Corporation será integrada à Fuji Xerox, joint venture que a empresa criou com a Fujifilm em 1962 para atuação na Ásia e que, portanto, existe há mais de 50 anos. A companhia oriunda do acordo atuará como uma subsidiária da Fujifilm, o que significa que, depois de mais 100 anos de história, a Xerox deixará de ser independente — a empresa surgiu em 1906.
A nova empresa preservará o nome Fuji Xerox e terá dois escritórios centrais, um nos Estados Unidos e outro no Japão. O negócio também permitirá que a Fuji Xerox tenha unidades em mais de 180 países. Em muitos deles, a marca Xerox (sem “Fuji”) será mantida, pelo menos por algum tempo.
Quando a transação tiver sido concluída, a Fujifilm passará a ser dona de 50,1% da nova companhia. Os atuais acionistas da Xerox ficarão com os 49,9% restantes. Com a integração das unidades de negócios, a expectativa é a de a Fuji Xerox economize US$ 1,7 bilhão até 2022.
O lado negativo dessa economia é que parte dela virá de demissões: até 2020, a Fujifilm vai eliminar 10 mil dos atuais 46 mil postos de trabalho existentes na Fuji Xerox.
Para a Xerox, um negócio desse porte teria que surgir cedo ou tarde: a companhia vinha sendo pressionada por estar amargando prejuízos nos segmentos de impressão e fotocopiadoras.
Já a Fujifilm está em situação mais confortável por atuar em diversas áreas. Por muito tempo, o foco da companhia foi o mercado de fotografia, mas, hoje, ela lida com equipamentos médicos, semicondutores, fitas de backup e por aí vai. Apesar disso, a compra da Xerox era necessária para melhorar a participação da companhia nos mercados de impressão e fotocópias.